ELITE - EPISÓDIO 08 - IMPROVÁVEL
- utopiashunter
- 3 de nov. de 2015
- 9 min de leitura

NO EPISÓDIO ANTERIOR...
Alice Holmes conheceu Samuel, mas sabe que se ficar perto dele, ou se fazer com que ele se aproxime de seu núcleo em Elite representará perigo para o jovem, que a deixou encantada. Porém, ao mesmo tempo em que Alice, quem também está se apaixonando por Sam é Jenyffer Link. Após a aula apresentação nos Auditórios Centrais os alunos foram liberados para descansarem e se acomodarem em seus quartos, inclusive o casal apaixonado Douglas e Ana Beatriz, então quando se encontraram no parque de Guilhermo, o abraço de amor do casal foi interrompido por um tiro, que partiu de um dos prédios de Elite e atingiu a cabeça de Douglas. Samuel estava perto e viu àquela cena e olhou para todos os lados, com medo, procurando de onde pode ter vindo aquele disparo.
EPISÓDIO 08 – IMPROVÁVEL
Diversos alunos cercaram o local do crime, professores começaram a se aproximar, Alice, por sua vez, decidiu voltar para seu quarto correndo e com medo. Então ela esbarrou em Hard outra vez. Ela o empurrou com força.
Eu sei que foi você! Desgraçado! Gritou ela, enquanto empurrava Hard.
Para com isso! Hard segurou os braços de Alice. Você não pode me acusar de nada, alias, tudo que sei é que um trouxa foi baleado. Tomou um “headshot”.
O tiro foi pra acertar nela e você errou, não foi? Alice estava incontrolável apontando para Hard. NÃO FOI? Gritou ela.
Eu nem sei o que aconteceu direito. Tudo que sei foi o que ouvi falar. Para de me acusar. Você sabe quem realmente me interessa que morra! Hard disse ainda mantendo a calma e desprezando o momento.
Você quer matar todos que passaram naquela prova com a nota maior que a sua. Alice só percebeu que estava cometendo um erro, depois que falou.
A pessoa que morreu foi melhor que eu na prova? Hard gargalhou. Alice pensou por alguns segundos antes de responder àquela pergunta.
Você sabe que ele ficou acima de você no ranking, por isso o matou. Disse Alice.
Cala essa boca, garota! Já disse, dessa vez não foi eu. Hard se alterou e empurrou Alice na parede. Agora sai do meu caminho e me deixa ver essa maravilha. Ele passou por ela e sorriu. Ela pegou os óculos que com a queda saiu de seu rosto e levou as mãos ao rosto.
Eu não quero mais ver isso! Não quero! Disse ela nervosa.
Ana chorava desesperadamente, abraçada com Douglas, que já estava morto e sujando tudo a sua volta com sangue. A menina sacudia o namorado. Você não pode me deixar! Você é tudo que eu tenho! Não faz isso comigo. E os nossos planos? Acorda, por favor!
Querida! Querida! Você precisa soltar ele! Chegava a professora Jasmine, para tentar acalmar Ana. Ela levantou a menina, que estava em choque.
Samuel estava tremendo e extremamente assustado. Isso é verdade. Pensou ele com medo. Ele sabia das histórias de Elite, mas agora que estava ali dentro e presenciou àquela cena, ele percebeu que o risco que corria era real. Então ele que estava quase no limite de sua área, pôde ver Hard, se aproximar da cena. Sam deu passos para trás, assustado em ver outra vez o tenebroso roqueiro que tentou o matar. Hard por sua vez sorriu ao ver Samuel tão perto do limite.
Afastem-se todos! Gritou um dos professores, enquanto uma nave de pequeno porte se aproximava do local. O parque de Guilhermo, que era conhecido por esse nome por ter a enorme escultura do antigo rei, ficava parte na ala leste, parte na ala norte, era um ponto de referencia, que alguns alunos se reuniam, porém tinham de manter o controle para não ultrapassar seus limites, principalmente os da ala leste, já que a maior parte do parque se localizava na ala norte. Era um grande espaço com cercados floridos, um grande chafariz e detalhes em gesso já envelhecido. A nave desceu e ao ter contato com o chão, alguns homens saíram e correram para pegar o corpo.
Pra onde vai levar ele? Deixe-o! Amor! Ana gritava e tentava voltar para impedir que levassem o corpo de Douglas, porém, alguns professores ajudaram a professora Jasmine a controlar a menina.
Samuel ficou encarando Hard por um tempo. Todos os alunos iam voltando para seus lugares. Estavam assustados e preocupados com o que aconteceu. Samuel acompanhou, ainda em choque, as pessoas de sua equipe que iam sendo direcionadas por uma professora.
Sam, o que você estava fazendo lá, brother? Gabriel perguntou, chegando ao lado de Samuel.
Eu não sei. Sam respondeu, tentando conter o nervosismo que estava sentindo. A imagem do abraço dos apaixonados sendo interrompido daquela forma corroia sua psique.
Fiquei sabendo que ele teve uma boa posição na SGL. Mano, que kill, killzado! Charlotte chegava expressando sua preocupação. Se isso aconteceu com ele pode acontecer comigo também. Sempre soube que isso era possível aqui dentro, mas não acreditava que seria tão rápido.
A verdade é que parece que é isso que querem. Ver a gente se matando. Gabriel disse caminhando. Sam? Você está bem cara? Gabriel viu que Sam estava pálido.
Vamos todos podem se encaminhar para suas turmas, os schoolpads vão informar aonde é. Alertou a professora que guiou a equipe se Sam, Gabriel e Charlotte.
O inspetor Charlles Shaw se aproximava do parque, ele era quem comandava a escola na ausência do diretor oficial. Ele descia as escadas de gesso da ala norte, que davam acesso ao parque de Guilhermo. Ao passar pela escultura, expressou sua reverencia ao antigo rei, batendo continência.
Já estão perdendo o controle? Alguém pode explicar a gravidade do crime e de preferência de quem suspeitam? Disse o inspetor de forma autoritária.
Pelo que percebemos, senhor, o aluno estava numa área que devia estar seguro. Jasmine começou a explicar.
Qual a origem do aluno? Perguntou o inspetor olhando com desdém para Ana que chorava em desespero.
Ele fazia parte da ala norte mesmo e veio pela SGL. Respondeu o professor Hugo, outro que ajudava a acalmar Ana.
Então mandem que entreguem o corpo na casa dos pais, menos um. Ao ouvir isso Ana se soltou dos braços de Hugo e correu para dar uma tapa na cara do inspetor. O homem ficou perplexo com a ação da menina, Hugo e Jasmine também se assustaram.
O que vocês pensam que nós somos? Animais? Acha que é só entregar um corpo? Nós somos pessoas como vocês! Egoístas desgraçados! O dinheiro não faz de vocês pessoas mais especiais, só os tornam mais... Merdas! Ana falava com o rosto bem próximo ao do inspetor e ela ao dizer essas palavras cuspiu na cara dele. No fim, seremos todos iguais! Nada! Quando ela terminou, ele jogou o braço no rosto dela com bastante força, que ela caiu no chão.
Não tem noção do perigo? Gritou o inspetor Shaw, limpando o rosto e apontando uma arma da direção da menina e se aproximando dela. Então ele sorriu. Eu queria te matar agora, mas sinto que você será um grande atrativo nessa escola. Ao dizer isso ele disparou o laser a poucos centímetros da perna de Ana. Só tenha mais cuidado do quem você desafia! Levem essa aluna daqui e deixa que ela seja devidamente castigada depois. Jasmine ajudou Ana a levantar, a menina ainda estava tentando fazer algo, até que um dos homens que descera da nave injetou uma espécie de liquido azulado que fez Ana apagar. Então eles a levaram para dentro do prédio onde ficava o quarto dela. Estudem tudo no corpo, antes de entregá-lo a família! Colham o máximo de informações possíveis para que se descubra a origem do disparo. E quanto a você Hugo, assim que descobrir quem fez isso, cumpra a regra e expulse!
Samuel sentou na cadeira e debruçou na mesa para começar a chorar. Ele começou a ter noção do como seria difícil se manter vivo e com as mãos limpas. Ele se lembrou da promessa que fizera a seu irmão e a sua mãe. Manter a integridade e a sanidade em meio a tudo aquilo seria terrivelmente difícil. A imagem que viu não saia de sua mente, ele não conseguia parar de pensar no sofrimento daquela menina, da vida e da história que estava por trás daquele abraço.
Sinto muito, Samuel! Posso sentar com você? Sam não olhou mais sabia que era Jenyffer. Ele sacudiu os ombros e não olhou para ela. Jenyffer sentou ao lado dele. Eu sinto muito mesmo! Jenyffer abaixou a cabeça. Sam, sutilmente, olhou para ela. Ele se lembrou de seu tio, ao olhar para a menina que parecia sentir mesmo.
Pode me abraçar? Perguntou Samuel. Jenyffer sorriu avidamente.
Claro! Respondeu ela, abraçando Sam. Que bom que somos da mesma turma! Disse Jenyffer, apertando ele. Sam estava com o olhar frio, porém, algumas lágrimas ainda desciam por seu rosto.
É! Muito bom! Disse Samuel.
+++
Alice foi para o quarto e sentou na cama colocou o rosto entre os joelhos, envolveu os braços nas pernas e se sacudia para frente e para trás. Então a porta do quarto se abriu e os homens entraram carregando Ana, que estava desacordada.
O que fizeram com ela? Alice se levantou e perguntou assustada.
Holmes, quando ela acordar não se lembrará dos últimos acontecimentos, precisa manter ela protegida dessas memórias. Para o bem dela! Explicou Jasmine a Alice. Jasmine olhou bem para Alice e percebeu que ela estava assustada. O que você sabe? Perguntou intrigada Jasmine, ao ver o nervosismo de Alice.
Alice se colocou no lugar de Ana e imaginou que no lugar de Douglas fosse Samuel. Ela fechou os olhos. Então ela imaginou que a pessoa acusada de assassinar Douglas seria expulsa da escola, por sair das normas.
Samuel Link estava na hora do crime! Eu o vi lá! Alice soltou aquelas palavras com dor, mas pensou estar fazendo o melhor para Sam.
Não é possível! Você tem certeza do que está dizendo, Holmes? A professora assustou-se. Você está o acusando como suspeito de matar um aluno, fora das normas da escola?
Foi o que eu vi! Disse Alice, olhando nos olhos de Jasmine. A professora ficou pasma com o que Alice estava dizendo.
+++
Lívia estava aos poucos gostando mais e mais de Katherine. Ela era a distração e estava se tornando como uma irmã mais velha para a menina, que de certa forma era carente de atenção. Dona Arícia era uma senhora um tanto fria com seus sentimentos, ou pelo menos, demonstrava ser. Ela não dava a Katherine a atenção que uma menina naquela idade precisava. Porém, Lívia tinha apenas mais um dia para sair da casa de Arícia.
Lívia, que tal brincarmos de esconde-esconde? Kath propôs, quando se levantou da cadeira, depois de tomar o chá da tarde com Arícia e Lívia.
Claro que sim! Eu não vou esquecer-me de você, garota. Lívia abraçou a menininha que retribuiu carinhosamente ao abraço. Arícia olhou com insatisfação.
A vovó vai deixar você ficar. Estou sentindo! Cochichou Kath no ouvido de Lívia. Agora vamos brincar um pouco, irmã! Gritou Kath.
Não sou tão nova assim, mas também... Nunca fui feliz para isso. Ela pensou, sorrindo. Vamos! Exclamou Lívia se levantando.
Garota! Chamou Arícia, segurando o braço de Lívia. Você tem até amanhã para decidi o que vai fazer! Então arrume qualquer trapo que tenha, deixe as roupas que te emprestei.
Tudo bem dona Arícia. Farei isso sim! Lívia cerrou os lábios. Depois saiu andando com Katherine mais desanimada.
Elas foram até a parte de cima da casa, onde ficavam os quartos e o escritório. Kath correu gritando que era a vez de Lívia e já se escondeu. Lívia tentou acompanhar o ritmo dela, mas a perdeu mesmo de vista.
Você é rápida em! Cadê você? Lívia entrou no quarto da menina e olhou embaixo da cama, dentro do armário. Kath? Está aqui? Onde será que está? Lívia procurou por todo quarto e não encontrou Katherine lá. Ué! Kath? Lívia saiu do quarto e caminhou pelo hall que dava acesso ao escritório, pois ela creu que a menina não se esconderia no quarto da avó já que sabe que Lívia não pode entrar lá.
Lívia abriu a porta do escritório da casa. Era uma sala com uma mesa enorme e um computador até um tanto antigo. Estantes estavam completamente cheias de livros, o que também não era mais tão comum. Tinha alguns armários, estava tudo um tanto abandonado, com bastante poeira. Ela andou surpresa com tudo que via. Quando ela estava de frente para um armário grande, Katherine saiu e gritou, assustando Lívia.
Ah! Não me achou! Disse Kath, gargalhando.
Quando ela saiu, um livro caiu da estante e se abriu no chão. Lívia sorrindo, abaixou-se para pegar o livro e as coisas que estavam dentro. Ao ver o que era ela se assustou. Era uma foto de Katherine quando ainda era bebê no colo de seus pais e tinha uma folha, uma carta.
“Meu amor, sei que está lendo isso agora e sei também que sente minha falta, eu precisei ir embora. Deixei Alice com você, pois sei que ela já entende melhor as coisas, mas, quanto a Katherine, você não saberia dar a assistência que ela precisava, por isso a deixei com sua mãe, pois acredito que você pode vir vê-la aqui e com Arícia ela crescerá melhor. Espero que um dia me entenda, mas eu precisei ir. Com amor e muita dor, Karina G. Holmes.”
Ao terminar de ler a carta, Lívia procurou o nome do pra quem ela seria destinada. Era para Ivan Holmes. Lívia ficou surpresa e seus olhos se inundaram.
Sinto falta do papai! Disse Kath. Lívia desceu correndo.
Você me enganou! Lívia parou de frente para Arícia. Disse que não tinha nenhuma ligação com Ivan Holmes, mas você é a mãe dele. Eu peço, por favor, me ajuda a chegar até ele! Lívia pediu com lágrimas nos olhos.
C O N T I N U A...
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