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ELITE - EPISÓDIO 05 - BOAS VINDAS

  • Foto do escritor: utopiashunter
    utopiashunter
  • 16 de out. de 2015
  • 11 min de leitura

NO EPISÓDIO ANTERIOR...

Centenas de jovens correram em direção ao seu principal objetivo, cruzar o fim da ponte Scrool, a ponte Sem Volta. Muitos iam se ferindo gravemente, eram pisoteados. Alguns, que já tem em sua raiz a maldade, aproveitaram essa oportunidade para matar outros. Sam fora atacado por Hard e se segurava pelos dedos até perder as forças e ser salvo por uma jovem que saiu das terras de Elite. As perguntas que não saiam da cabeça dos jovens que participaram da segunda etapa do SGL era: Por quê? Qual era a necessidade de todo aquele derramamento de sangue? O que os esperavam naquelas terras?

EPISÓDIO 05 - BOAS VINDAS

Após assistir cada detalhe da segunda etapa do SGL os dez mais influentes e poderosos homens de Elite se reuniam com suas famílias, no Global Fun Palace, o salão de festas do palácio. Eles faziam uma festa para ver o terror e até a morte de alguns jovens na ponte Scrool.

A cada ano uma surpresa diferente. Dizia Oliver Fercondinni, magnata dono de centenas de imóveis, sobrinho do Rei Xavier.

Engraçado mesmo foi Holmes não comparecer a nossa festa! Mas seria interessante se o menino caísse. Importante é que o de chapéu passou, esse vai ser terrível na escola. Disse James Link, gargalhando com fervor. Enquanto os outros faziam o mesmo, exceto o rei. Que se concentrava em rever os últimos minutos do terror em Scrool.

Algo errado, senhor? Perguntou Úrsula Demps, assistente de comunicação do palácio, se aproximando de Xavier que olhava atentamente os movimentos da menina que atravessava o limite de Elite para salvar Samuel. O senhor não gostou do que viu? Sempre acha divertido ver. Agora está aí preocupado. O que diabos o inquieta nessa jovem fracassada?

Isto viola o curso natural dos nossos costumes! Respondeu o poderoso rei, que vestia um sobretudo preto e uma cartola na cabeça. Ele olhava fixamente para as telas, que ficavam dentro de uma sala, onde diversos funcionários do palácio trabalhavam para transmitir o que as câmeras da ponte Scrool registravam, colocando zoom na imagem para enxergar bem o rosto da heroína. Eu preciso dela aqui. Antes que se assole uma bagunça nas minhas terras. Ele levantou as mãos na altura do rosto, que era coberto por uma máscara branca fixada no rosto dele. Ninguém nunca conseguira ver o rosto do rei de Elite.

+++

Diversas pessoas ficavam a espera dos novos habitantes, uns seguravam bandeiras, outros apenas esperavam para ver se algum parente, ou conhecido fora consagrado como cidadão de Central Elite. Samuel, com alguns ferimentos caia de joelhos após pisar em Elite. Ele olhou para tentar achar a jovem que o salvou, porém eram muitas pessoas falando, gritando, comemorando a realização do maior sonho. Ao olhar para frente pôde ver Gabriel abraçando o seu irmão.

Ei! Garoto, você conseguiu! Charlotte empolgada chegava para ajudar Sam a levantar. Mais emocionante impossível, meu caro! Sua entrada em Elite foi épica. Me arrisco a dizer que nunca, na história masoquista dessa travessia, aconteceu o que vimos hoje. É um cara de sorte, moço! Ela falava com grande empolgação.

Quem me salvou? Sam perguntou, enquanto Charlotte jogava o braço dele nos ombros dela e o ajudava a andar até um dos postos de atendimento emergencial que instalavam ali para socorrer os, agora, cidadãos que chegavam feridos, ou com algum tipo de problema.

Foi uma menina, mas não faço ideia de onde ela está. Respondeu Charlotte, quando colocou Sam em uma cadeira. Sei que ela... A menina parou de falar, enquanto via a cadeira se transformar, rodas saíram do nada. A cadeira começou a andar sozinha e falar coisas desordenadas, como que procurando a direção, enquanto analisava a situação de Samuel. Ei, volta aqui! Gritou Charlotte correndo atrás da cadeira. Sam tentava se levantar, mas os cintos se prenderam nele e a cadeira acelerou, quando achou a direção do pra onde ir.

Pra onde está me levando? Gritou Samuel, quando a cadeira freou, as rodas se esconderam novamente e os cintos se abriram, diante de um dos médicos.

Diagnósticos concluídos! A cadeira emitiu a voz e somente a última frase se pôde entender. Uma folha interminável era impressa. O médico pegou a folha e leu, depois olhou para Sam.

Ou! O que vai fazer com ele? Charlotte perguntou, enquanto o médico examinava os olhos de Sam. Ele já está bem! Não é mesmo?

Vou levá-lo para o hospital. Respondeu o médico, quando os cintos prenderam Sam outra vez.

Espera aí, eu já estou bem! Por que tenho que ir para o hospital? Sam perguntava, porém o médico andava para uma ambulância e a cadeira o seguia. Samuel começou a tentar se soltar, porém os cintos se apertaram mais.

É tudo pela sua saúde, cidadão de Elite! Pronunciava a cadeira. Quando Sam sentiu uma agulha entrar em seu braço. Imediatamente sua vista começou a falhar, até tudo se apagar.

+++

Alice chegou ao seu prédio e olhou para o alto, cerrou os lábios e fechou os olhos. Ela caminhou até o elevador e se sentou no chão, colocou o rosto entre os joelhos e começou a chorar compulsivamente. Quando chegou à cobertura, na sua casa, as portas do elevador se abriram e Holmes esperava por ela. Ela olhou nos olhos dele e sentiu a reprovação de seu pai.

Pai, por favor! Eu fiz o que achei melhor. Ela se levantava e ficava de frente para Ivan Holmes, que a olhava cerrando os lábios e com rancor, seu rosto chegava a tremer. Não me olha assim, por favor! Ela o abraçou e ele nem mesmo moveu os braços, nem mesmo mudou a expressão. Fala alguma coisa, faz alguma coisa! Grita, me coloque de castigo, mas fala alguma coisa! Ela dizia, sentindo o desprezo de seu pai. PAI! Gritou ela.

Saia do meu caminho! Disse Ivan Holmes, passando por Alice com sua maleta nas mãos. A menina sentiu a dor peito crescer, ao ver seu pai entrar no elevador e nem mesmo olhar para trás.

+++

Samuel acordou e estava no hospital. Ele só viu uma mulher que vestia uma saia grande e florida e uma camisa branca. Tinha um cabelo longo e aparentava ter quase trinta anos. Ela estava de costas para ele, preparando uma mesa. Sam sentou-se assustado, pois por um momento pensou na possibilidade de estar fora de Elite.

Onde estou? Sam perguntou assustado, arrancando coisas, que pareciam adesivos, do braço. A mulher olhou pra ele. Ela era bonita e tinha um sorriso que parecia bastante sincero. Sam olhou para o que vestia e percebeu que estava praticamente sem roupa nenhuma, apenas o colete com diversos emblemas do hospital. Ele se cobriu, enquanto ela se aproximava.

Olá Samuel! Eu sou a professora Jasmine. Dou aula de Biologia na School Elite e fui mandada aqui, porque você foi um dos dez mais bem colocados do mundo. Acho errada essa forma como agem, com acepção, mas só obedeço a ordens. Ela puxava a mesa com um café muito bem farto. É seu café de boas vindas, ou o que pude preparar. Na verdade já veio quase tudo pronto. Ela sorria sem parar.

Por que tive que vir para o hospital, se eu estava bem? Sam perguntou, sem nem mesmo se importar com a mesa e nem com nada lá. O que fizeram comigo?

Bom, Samuel, você atravessou com alguns ferimentos, mas o que mais preocupou os médicos foi sua sanidade menta após tudo que viveu lá. Então colocaram você num coma induzido para que pudessem estabilizar tudo. Explicou a professora, mexendo seu café.

Coma induzido? Quanto tempo eu dormi? Samuel se alterou um pouco.

Dois dias! Mas o melhor é que eu mesmo tratei de toda sua papelada, aliás toma aqui! A professora tirou de sua bolsa uma pasta. Aqui está sua identificação escolar, um contrato, que você mesmo deve assinar, as normas da escola e também seu cartão de apresentação. Sua turma é a IC13.

Calma ai! Calma ai! Eu entrei mesmo para a escola? Sam ainda não estava acreditando.

Sim, claro! Respondeu Jasmine. Samuel olhou para sua identificação e sorriu.

Você deve ler todas as clausuras e assinar o contrato final. Mas em especial quero lhe informar uma coisa, dizem que em School Elite não existe lei, mas isso é mentira. O seu núcleo que são os prédios da ala leste, que incluem as turmas IC10, IC12, AC01 e a sua turma, é o lugar onde deve ficar. Dentro dele, somente dentro dele, você estará protegido de qualquer ataque. Essas turmas irão compor sua equipe, ninguém entre eles podem tentar nada contra você e nem você contra eles, podendo até mesmo ser expulso dependendo do crime. Agora, fora da ala leste, qualquer um pode tudo contra você. Esse é o principal cuidado que deve ter, principalmente se manter esse rendimento que teve na SGL. Eu sou a tutora da sua turma e vim cuidar de você hoje, porque é o mais bem colocado nela, que veio das províncias pobres. Eu vou apostar as minhas fichas em você. Não me decepcione. A professora olhava para Samuel com bastante sinceridade, o que o fazia levar a sério o que ela dizia. Porém, agora a expressão dela era de preocupação. Sam não escondia a curiosidade de saber por que existia todo esse mistério.

Como fazem essa separação? Sam perguntou. Enquanto ela se levantava e voltava a mesa, bebendo seu café.

Eu não sei. Também é um grande mistério pra mim, mas o que posso te adiantar é que na sua turma ficarão os melhores, e também a maioria dela é composta por alunos daqui mesmo, de Elite. Jasmine respondeu e voltou a sorrir. Agora tome seu café, bem reforçado e depois se vista, ali está seu uniforme. Apontou ela para uma caixa. Lá também está seu shcoolpad, é como um celular, só que é feito para auxiliar você nos estudos, na escola, ele vai te guiar para seu quarto, lá encontrará sua mala e mais coisas que a escola mesmo te dá. Durante os horários de aula, deve está sempre de uniforme e fora deles, pode usar as roupas que a escola deixou no seu quarto. Ela falou, olhando pela janela.

Mas já devo pôr o uniforme? Sam perguntou, se assustando.

Sim, Samuel! As aulas começam hoje. Portanto, se apresse! Vou esperar você lá fora, enquanto se prepara. Disse a professora, saindo do quarto e deixando Sam sozinho.

Samuel levantou da cama e foi direto para a caixa que Jasmine deixou pra ele. Lá tinha uma camisa branca da escola Elite com o brasão que tanto era cobiçado, com o troféu e a medalha, o chapéu da sonhada formatura e um livro. Eu consegui! Consegui mesmo. Sam colocou as mãos sobre a mesa e com olhando para aquela caixa começou a chorar. Eu vou tirar vocês daí, nem que eu tenha que cumprir a vingança que você tanto sonha, meu pai. Ele cerrou os punhos e olhou para o alto, com lágrimas nos olhos ele pôde sorrir. Sam pegou o até então, desconhecido para ele, schoolpad, então a tela ligou.

Olá Samuel Robert Link, sou seu schoolpad! Escolha agora um nome para me identificar. Sam se assustou com a voz que saia do schoolpad.

Nome? Como assim nome? Sam coçou a cabeça e não entendeu como aquilo funcionava.

Tem certeza que deseja me chamar pelo nome: Nome? Como assim nome? Sam voltou a se assustar, pois aquilo podia entender o que ele falava.

Não! Respondeu imediatamente, Samuel.

Então diga como deseja me chamar. Samuel fechou os olhos, respirou fundo.

Jensen. Desejo te chamar de Jensen. Disse Sam, sorrindo.

Ok, Samuel Link. Eu serei seu guia, irei alertar se sair dos seus limites. Irei te auxiliar no que for preciso e posso fazer contato com outros como eu. Aos poucos aprenderá a me usar. O agora nomeado Jensen, foi para a tela inicial e se apagou. Samuel ficou encantado com aquele quase novo amigo.

Samuel se vestiu com a calça jeans, a camisa e a jaqueta de couro azul com o emblema de School Elite. Ele se olhou em um espelho que ficava na parede próxima a porta. Sam sorriu e comemorou mais.

Claro que toda a atenção que Samuel estava recebendo era por conta do seu desempenho na SGL, mas enquanto se vestia Sam pensava no como estava Gabriel e até mesmo ainda se preocupava com Lívia. Ele se assustou ao ouvir Jasmine bater na porta e o chamar, ele colocou a jaqueta e saiu.

Vamos nos atrasar! Precisa se apressar um pouco, querido! Disse a professora.

Estou pronto! Samuel estava todo vestido com o uniforme.

Parabéns, Samuel! Jasmine sorriu ao ver a alegria em Sam.

Sam e a professora foram com o taxi da escola até a entrada. Antes, eles flutuaram sobre um viaduto de vidro, passando por cima do World Fun Park e mais a frente podia-se ver parte da School Elite. Era tudo fora do que Samuel estava acostumado a ver, as pessoas andavam com pressa entre os prédios e aqueles carros que flutuavam pelas estradas de aço. A cidade brilhava com a luz do sol batendo nos vidros e nas lâminas de metal dos prédios e das naves que voavam. Então o carro parou de frente para um enorme portão de ferro com o brasão da escola. Um scanner passou pelo taxi e o portão se abriu. Era como se fosse uma cidade.

Essa é a entrada da ala leste, aqui ficam sua equipe e mais duas, mas lembre-se, fique somente na área restrita a sua equipe. Disse outra vez a professora Jasmine. Chegamos! Cuide-se e não esqueça as instruções. Tenho que ir agora! Encontrará seu quarto. Disse a professora, saindo do taxi e saindo em direção a um dos prédios.

A primeira coisa que Sam fez foi procurar por Gabriel. Mas o Jensen, seu schoolpad, já o alertava que ele estava no limite de onde sua equipe devia ficar. Ele voltou alguns passos e pôde ver a equipe ao lado sendo guiada para seus quartos. Sam voltou a procurar Gabriel entre sua equipe mesmo. Então avistou seu amigo e sentiu o alívio em saber que ele estava em sua equipe.

Sam! Que bom que está aqui cara! Quero te apresentar o Carlão, meu amigo. Gabriel tirava do bolso o schoolpad dele. Escolhi esse nome, porque acho legal! Sam sorriu e suspirou tranquilizando-se, pois não estaria sozinho. Você está em qual turma?

Gabriel, fico mais tranquilo que está aqui. Minha turma é a... deixa eu ver! Sam pegou a pasta e abriu para ver. Sou da IC13.

Poxa! Não seremos da mesma turma. Sou da AC01. Gabriel ficou desapontado.

E eu sou da IC12, seremos da mesma equipe! Charlotte chegava dizendo, feliz da vida, vestindo o uniforme feminino. Uma saia três quartos azul escura, a camisa da escola e a jaquetinha de couro azul.

Então um carro preto enorme chegava silenciosamente e todos pararam para ver quem iria sair dele, pois era claro que ele estava acima dos outros. Quando a porta se abriu, saiu do carro uma jovem com os cabelos loiros e com óculos escuros. Ela levantou os óculos e seus olhos, que dava para se perceber até mesmo da distancia que Sam e seus amigos estavam, eram azuis e brilhantes, ficaram a amostra agora. Samuel ficou admirado com a beleza da menina. Rapidamente robôs se aproximaram dela e a cercaram. Ela olhou para os lados e foi caminhando em direção ao lugar onde se reunia a mesma equipe de Samuel.

Pelo que me consta, meus amigos, a patricinha mais falada por aqui será de nossa equipe, aquela é Jenyfer Link. Disse Charlotte, um pouco desapontada.

Link? Jenyfer Link? Sam se espantou ao ouvir que aquela, provavelmente era sua prima, filha de James Link. Ela veio caminhando na direção dele. Agora vai começar pai, agora vou te dar orgulho! Pensou Samuel, enquanto olhava nos olhos dela. Ela ficou olhando também nos olhos dele e sorriu suavemente.

+++

Os poderosos, que eram ministros do rei Xavier, se reuniam na sala dele para definir algumas coisas em Elite. Entre eles estavam Ivan Holmes, James Link e Oliver Fercondinni. Eles se reuniram especialmente naquela manhã para receber a jovem que atravessou a fronteira de Elite para salvar Samuel.

Senhor, a jovem que o senhor queria ver, chegou! Anunciou Úrsula, trazendo consigo Alice Holmes. Ivan abaixou a cabeça e levou a mão ao rosto.

Ousada, senhorita Holmes, bem ousada! Colocou nossos costumes no lixo, com sua atitude insana. Tenho que confessar que por um lado, foi bonito o que fez. Mas sabe o que sua família perderá em bens para te colocar de volta na escola? Não! Falava rudemente, o rei que ia aumentando a voz. Sente-se bem com o que fez, Holmes?

Estaria pior caso não tivesse feito, vossa excelência! Respondeu Alice no mesmo tom. Xavier olhou para Ivan e começou a gargalhar.

Ivan Holmes! Você irá decidir. Qual castigo sua digníssima filha merece? Ordenou Xavier colocando as mãos na mesa de vidro. Diga! O que ela merece?

C O N T I N U A...

Se não leu o episódio anterior, click em: EPISÓDIO 04 - SEM VOLTA

 
 
 

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