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ELITE - EPISÓDIO 02 - AVANTE

  • Foto do escritor: utopiashunter
    utopiashunter
  • 2 de out. de 2015
  • 13 min de leitura

NO EPISÓDIO ANTERIOR...

Samuel Link, o jovem promissor que sonhava em entrar para a Central Elite, não carregava só o peso do sonho de vingança de seu pai como o motivo para ter passado na primeira etapa da SGL, mas também a vontade de livrar seus pais e seu irmão mais novo da miséria. Mas todos os grandes jovens do mundo paravam para tentar a mesma sorte e entrar na sociedade rica, para assim, viverem melhor. Lívia tinha duas opções ou passar na prova, ou morar na rua, já para Gabriel as coisas eram mais tranquilas, não tinha o medo, pois sua família já estava encaminhada. E chegou o grande momento, a hora de descobrir o que a máquina iria indicar para eles, quem seguiria a vida em direção a Elite e quem voltaria, ou não para casa, com o peso de saber que a vida já era.

EPISÓDIO 02 - AVANTE

Com as mãos tremulas e os olhos fechados para ver o resultado final da primeira fase, Samuel apenas ouviu a máquina apitar e começar a imprimi, com a respiração ofegante ele abriu os olhos e seus poros pularam em arrepio e um choro de alivio o fez gritar, com os punhos cerrados, ouvia-se outros gritos, mas o dele não era com desespero. A máquina anunciava que a nota de Samuel havia sido 998,98 e sua posição mundial era a terceira colocação a declaração emitida revelava que ele estava aprovado.

AHHH! Eu consegui! Gritava Sam, começando a chorar ainda mais e abrindo a porta da cabine ele saia com a declaração em mãos e em êxtase, nem mesmo se importou com as pessoas que berravam em desespero. A vida para muitos daqueles jovens estava acabada. Alguns caídos no chão sem sentidos, outros sendo acalmados por amigos, que conseguiram se conter diante da notícia.

Gabriel viu o amigo e andou lentamente, olhando aqueles jovens no chão em desespero. Ei! Eu passei, velho! Minha nota foi 911,23, a posição foi 239, eu acho e você? Gabriel estava mais relaxado, quanto a tudo isso. Samuel com os olhos vermelhos olhou e suspirou, esticando a folha para o amigo, que se espantou com o resultado de Samuel. Isso tudo? Como conseguiu isso?

E isso ainda não vai ser suficiente para agradar meu pai! Mas vai me livrar dele. Samuel estava parecendo que tinha saído de uma luta como vencedor, excitação em alta e uma sensação de força.

Poucos jovens mostravam a mesma alegria de Samuel, pois até o momento poucos tinham passado. Três jovens observaram Sam e Gabriel e decidiram ir até eles. Com roupas pretas e correntes amarradas no corpo, maquiagens pesadas e lábios negros, o que vinha a frente estava com um chapéu preto que cobria seus olhos, mas podia-se ver o sorriso dele, se aproximando.

Ora, ora! Pelas expressões, vejo que tivemos bastante aprovados nessa remessa. Ele chegou, levantando o chapéu e comentando, então esticou o braço. Sou Eduard West, mais conhecido como Hard e esses são meus amigos, Kim e Elizabeth. Nós também passamos! Sam apertou a mão dele, enquanto Gabriel colocava a língua para fora da boca e fazia o sinal do rock, enquanto cumprimentava os roqueiros.

Sou Samuel Link e esse é o Gabriel. Sam olhou para Gabriel e controlou-se para não sorrir da graça do amigo. Elizabeth olhou para ele com olhos matadores, ela que tinha o cabelo lado esquerdo da cabeça e uma lente vermelha.

Senso de humor é muito bom! Eduard tranquilizou Elizabeth. Ah, eu fui o 15º na posição mundial, Elizabeth foi 18º e Kim cravou a vigésima posição. Hard sorria orgulhoso por seu desempenho.

Não sei falar a minha posição em números ordinais, mas fiquei na posição 239. Disse Gabriel feliz com seu resultado. Os três roqueiros caíram em gargalhadas.

E você amiguinho, foi um pouquinho melhor que seu amigo aí? Hard perguntou para Sam, sarcasticamente, menosprezando a posição que ele aparentava ter.

Samuel sorriu levemente, então Gabriel o acompanhou e começou a rir junto. Hard foi mudando a expressão e se sentiu diminuído pela expressão de Sam. Melhor eu não falar minha posição! Samuel foi passando pelo meio dos três amigos e Gabriel o acompanhou.

Não nos dê as costas! Gritou Elizabeth, enquanto Hard segurou o braço de Sam. Samuel olhou nos olhos do roqueiro que tentava o intimidar.

Fui o terceiro colocado! Quando Sam disse sua posição, o roqueiro se espantou. Não nos menospreze. Quanto ao Gabriel, o irmão dele já o levaria para a cidade de ouro! Por que se preocupar com a posição?

Hard bufou e soltou Samuel, rangendo os dentes. Então nos vemos lá dentro, poderoso “top three”. Eles se encararam um pouco. Samuel, um pouco mais baixo que Hard, não se intimidou, ou pelo menos demonstrou não se intimidar. Gabriel e Sam foram se afastando dos três aprovados que ainda ficaram encarando eles.

Por um momento os dois se esqueceram de Lívia e já iam saindo do Centro de Relações Internacionais (CRI), quando se depararam com jovens correndo, tentando atravessar a fronteira de Central Elite, que se uniam com outros que todos ao anos, nesse mesmo dia, tentavam furar o bloqueio. Os agentes da PROPEC atiravam sem piedade alguma. Diversos jovens iam caindo quando estavam prestes a pisar na terra “maravilhosa”. Gabriel gritou por Lívia e tentava a encontrar, ele e Sam se misturam com a multidão de jovens que entravam em confronto com os homens da paz de Elite. Bombas de fumaça eram lançadas, o choque que era disparado das armas de alguns agentes atingia vários jovens ao mesmo tempo. Samuel perdeu o amigo de vista no meio de tantas pessoas e uma fumaça, que além de prejudicar a vista, fazia os olhos arderem e dificultava a respiração.

Gabriel! Gabriel! Lívia! Gritava Sam, quando viu uma linha passar a centímetros do seu rosto e atingir um menino que apontava uma arma de fogo para um dos agentes. O menino se contorceu, sofrendo uma carga elétrica com aquela linha que fora disparada de uma arma daquele agente. O peito de Sam sentiu o vazio, viu a morte passar perto. Então começou a bater um desespero, um medo que deixou ele desnorteado. Ele correu sem direção e então uma pedra atingiu sua cabeça ele caiu com a visão embaçada e diversos jovens vieram em sua direção, Sam se encolheu no chão e acabou sendo pisado por alguns, então a dor foi muito forte, pois partes daqueles jovens não se desviavam ou viam Sam no chão. A declaração escapara da mão dele, ele se esticou o chão e ao pegar a folha, ele segurou forte e tentou sair, mesmo se arrastando, do meio daquela confusão.

Gabriel começou a ficar tonto com tanta fumaça que estava inalando e correu desorientado, tentando sair do meio da multidão, com muita falta de ar ele caiu na porta do CRI e tentou restabelecer-se. A PROPEC já estava colocando ordem nos manifestantes, a maioria morria com o choque ou pisoteados, outros iam sendo presos. Eles sempre conseguiam conter as manifestações de revolucionários das províncias pobres e ninguém conseguia passar no bloqueio pesado dos agentes da paz. Porém nenhum sinal de Lívia e agora Gabriel havia se perdido de Sam também.

Então vinha um dos homens da PROPEC trazendo nos braços, com todo cuidado, a Samuel que estava desmaiado. Gabriel viu aquilo e preocupado correu até o amigo. Ele está bem? A testa de Sam estava sangrando e ele estava completamente sujo e com a camisa rasgada.

Você o conhece? Perguntou o homem, friamente.

Sim! É meu amigo, ele foi aprovado! Ele não pode ser preso! Para onde quer levar ele? Gabriel se preocupou e seguiu o homem.

Para uma enfermaria mais próxima. Ele foi terceiro colocado! Merece os cuidados devidos. Gabriel parou e viu seu amigo entrar de novo para a CRI nos braços daquele protetor da paz.

Gabriel ainda recuperando o ar, tentou encontrar Lívia entre os que estavam sendo levados para a penitenciaria geral que ficava em uma província isolada no meio do Oceano, mas antes eram submetidos a espancamentos e alguns morriam no caminho do navio, porque a penitenciaria já estava lotada, porém Lívia não estava lá. Aquele aperto no peito chegou até o menino tranquilo que começou sentir vontade de chorar, coisa que não era muito comum para ele. Viu que agora Lívia só poderia estar entre os mortos, então foi procurar sua prima entre os corpos. Nenhuma província tinha um hospital e se alguém ficasse doente deveria contar com os médicos que voluntariamente saiam de Elite para salvar vidas fora dali, então os corpos eram identificados e voltavam para os responsáveis, no caso de serem menor de 21 anos, caso fossem maiores eram enterrados como indigentes. Gabriel ia olhando corpo por corpo para ver se encontrava Lívia e ela não estava lá. Cada jovem tinha um sonho, cada um tinha uma vida inteira pela frente, alguns tentaram mudar, porém não conseguiram, outros só queriam um dia acordar num mundo de igualdades, porém estavam ali caídos, mortos levando para sempre seus planos.

Depois de ver que a prima não estava ali, ele imaginou que ela poderia ter voltado para casa, com uma boa notícia para seus pais. Então decidiu ir embora para ver se a encontrava por lá, porém a imagem daqueles corpos esticados no chão não saíram da cabeça de Gabriel, que levou a mão ao rosto e esfregou, tentando tirar aquelas imagens de seu pensamento.

No caminho, a pé, que parecia se esticar, Gabriel ia junto com uma multidão de desolados e frustrados, porém, apesar de ter conseguido passar ele estava em choque com tudo que vivenciou. Um carro preto começou a segui-lo, Gabriel demorou a perceber que era ele quem estava sendo perseguido, o menino apertou o passo e o ar voltava a se perder pelo nervosismo. E o carro ia devagar perto dele, então ele começou a correr, no meio daqueles jovens que caminhavam com peso, e o carro acelerou. A janela abriu e tiraram para fora uma arma e começaram a atirar, todos começaram a se jogar no chão, Gabriel, porém, entrou correndo entre as paredes de casas destruídas. Então Kim, um dos roqueiros aprovados saiu armado do carro e correu atrás de Gabriel. Ele ia se infiltrando entre os escombros e Kim o seguia.

Só queremos saber onde está seu amiguinho. Falando onde encontramos o “terceiro colocado”, deixamos você ir. Dizia Kim, procurando o menino entre os escombros.

Desesperado, Gabriel ficava cada vez mais ofegante e tentava controlar para não ser percebido, então ele correu, ao perceber que Kim se aproximava, Gabriel caiu em um buraco, entre umas pedras empoeiradas e sua vista escureceu por completo.

+ + +

Entre os grandiosos prédios, os dirigíveis e naves que passavam pela poderosa Central Elite (CE), ficava um dos maiores e mais altos edifícios residenciais. Tinha em sua cobertura a residência da família Holmes. Reconhecida mundialmente por seu World Fun Park (Parque de Diversão Mundo), eles também eram possuidores de grandiosas ações do governo de Denvers, uma das mais ricas províncias de CE. Ivan Holmes é acionista em quase todas as grandes empresas poderosas e passava boa parte do seu tempo no trabalho, porém aquela era uma tarde especial. Ele se assentou à mesa para assistir as notícias e descobrir como andavam os resultados da SGL.

As notícias mostravam que mais uma vez a resistência da PROPEC impediu que os reprovados na primeira etapa da SGL invadissem as terras de Elite. O poderoso Holmes sorria ao ver que tudo estava sobre controle.

Você acha essa notícia engraçada, pai? Olhava indignada para o pai uma das jovens mais bem encaminhadas de Elite, Alice Holmes, filha do poderoso empresário. Ela vestia uma calça preta e uma camiseta branca, tinha o cabelo preso no alto da cabeça e uns óculos, que ela escolhia usar, por não aceitar os milagrosos tratamentos a laser para a visão míope, pois eram tratamentos muito caros e ela considerava aquilo muito desnecessário, no meio de um mundo devastado, onde tantos passavam fome. Não só isso, mas quase tudo que os ricos de Elite faziam, apenas por luxo. Holmes olhou para ela e parecia não ter se importado com a indignação da filha.

Quer que eu me preocupe com arruaceiros que querem desestabilizar nossa preciosa e cara terra, Alice? Holmes perguntou, voltando a rir da notícia.

E se fosse eu no lugar de um deles, pai? Alice perguntou indagando o pai a pensar. Todos que tentam crescer por lá, vocês entram em acordo e destroem para ninguém ser melhor. Ah, pai! Por que esse egoísmo?

Se não passasse na prova Alice, acho que não te aceitaria mais em casa! Ele olhou para ela fechando o semblante e se colocando de pé. Eu te dou tudo que uma adolescente na sua idade quer e você fica com essas ideias de mudar o mundo. Alice, eu vivi a única mudança que o mundo precisava ter, sempre se tinha certeza que isso aconteceria, não se resguardou da grande crise quem não quis. O homem não sentia absolutamente nada pela morte de tantos jovens.

Egoísmo! Egoísmo! Tudo isso é egoísmo. Acho injusto nós colocarmos esses jovens nessa situação devastadora, pai. Alice olhou para a TV e cerrou os lábios. Holmes bateu na mesa com força e assustou a filha.

Acho melhor você se calar e voltar para seu quarto! Às vezes tenho dúvidas se você é realmente minha filha! Ao ouvir aquelas palavras do pai, Alice mostrou-se como sempre fora, decepcionada, com seu pai e saiu se negando a tudo que via e ouvia, em direção ao seu quarto e bateu a porta.

Ela pegou o porta-retrato que tinha a foto da mãe e abraçou. Eu precisava de você, para me entender! Eu não acho justo! Só não acho justo.

+ + +

Samuel acordou e viu que estava dentro de uma enfermaria com curativos e muitas dores no corpo, completamente sujo e com ardência nos olhos, ainda sob efeito da fumaça, ele também respirava com um pouco de dificuldade. Então olhou para o lado e viu que estava sozinho na enfermaria improvisada dentro da CRI. Apenas um robô, andava pelas camas vazias. O que era estranho, porque muitos jovens estavam feridos do lado de fora. Sam levantou-se e ainda ouvia gritos e muitas pessoas falando, até porque ainda estava acontecendo a apresentação de resultados.

Samuel Link. Já está recuperado? Chegava uma mulher com uma calça de couro, jaqueta preta e óculos escuros na cabeça, ela e dois homens de preto ao seu lado. Quer comer alguma coisa? Ou beber?

Só quero saber dos meus amigos. Gabriel e Lívia são os nomes deles. Sam respondeu, um pouco assustado pelo bom tratamento que estava recebendo.

Infelizmente, não sabemos dos seus amigos. Sou a Sargento McGuire, agente federal de Central Elite. Quero parabeniza-lo, senhor Link! Conseguiu um ótimo resultado na prova e dificilmente não terá sucesso na segunda etapa. Disse a mulher, mexendo com o robô, que logo veio na direção de Sam e liberou um laser que passou pelo corpo machucado dele e emitiu uma folha. Algumas luxações, porém, está ótimo já, podemos leva-lo para casa. Siga-nos! Disse ela, lendo a folha emitida pelo robô e saindo pela porta. Sam foi atrás dela, pois aqueles homens quase que o empurravam para ir. Então saíram pelos fundos da CRI, entrando para um carro preto que levitou sobre o chão de barro e fez a poeira se erguer.

Vocês estão mesmo me levando para casa? Sam estava desconfiado.

Sim, claro! Olha aquilo! A mulher apontou para um jovem que corria isolado em direção à fronteira no meio da floresta Hamptom que já era praticamente dentro da Central Elite. Como é que é? Vão esperar ele entrar nessa floresta inútil? Então um dos homens de preto abriu a janela e mirou na cabeça do jovem e atirou sem piedade. Samuel se assustou e fechou os olhos. Essa área está muito mal guardada. Essa floresta só serve para nos dar trabalho, avisem aos agentes dessa área para reforçar a vigilância por aqui. Disse ela indignada com o guarda, depois voltou a olhar sorrindo para Sam. Não tenha medo, com sua nota, será muito bem tratado, pelo menos por nós. Não posso dizer o mesmo dos concorrentes que não devem gostar muito de você. Está pronto para enfrentá-los? Ela sorriu mais intensamente, enquanto Samuel, não escondia sua desconfiança ao olhar para ela.

Não! A resposta entre os dentes de Samuel fez o sorriso da mulher se desfazer.

Uma multidão caminhava desolada para suas casas, sabendo que não teriam nunca mais a chance de melhorarem suas vidas. Quando em cinco minutos, pararam em frente à casa de Samuel e Jensen estava na porta. Um dos guardas saiu do carro para abrir a porta para Sam. A janela do carro se abriu e a sargento McGuire olhou para o jovem Samuel. Boa sorte, Link! Então o guarda voltou ao carro, a janela se fechou e o carro saiu dali flutuando. Levantando a poeira pela rua barrenta da pobre província, eles voltaram em direção ao CRI.

Samuel ficou um tempo do lado de fora encarando seu pai, que o olhava assustado, então, Sam abaixou a cabeça e caminhou em direção a seu pai. Quando estava de frente para Jensen o menino o abraçou chorando, porém, o pai seco, não retribuiu ao abraço. Então Samuel, puxou a declaração de aprovação do bolso e empurrou sobre o peito de seu pai.

Desculpa! Gritou ele com lágrimas nos olhos e lábios cerrados. Sam passou pelo pai entrando para sua casa. Jensen olhou para aquela folha e sorriu.

Moleque burro! Pensou alto de forma áspera e fechou a porta.

+ + +

A Floresta de Hamptom era criada por cientistas e tudo era praticamente artificial, era para equilibrar o meio ambiente em Elite. As plantas faziam tudo que uma planta normal fazia, porém elas não dependiam do solo para se manterem vivas, já que o solo, mesmo dentro de Elite, era quase que improdutivo. Era uma fronteira isolada, que ficava atrás de muitos escombros e tinha uma cerca elétrica poderosa, que tornava a floresta inacessível.

Lívia, porém, com muito cuidado encontrou, graças às coordenadas que recebia de sua avó, desde mais nova e conseguiu atravessar a cerca de Hamptom, passando por uma entrada que por descuido dava acesso a floresta. Olhando um mapa que ela já levava em sua bolsa, ela corria na floresta em busca de achar o fim das árvores e pisar em definitivo em Elite. Prevendo que poderia dar algo errado na prova, já se preparava para isso há anos. Ela demorou a ser convocada para a SGL, porque ainda não tinha grandes desempenhos nos estudos e influências em sua província, mas ao conseguir salvar um agente de Elite, que seria brutalmente assassinado próximo a fronteira, ela ganhou a oportunidade e o mesmo a inscreveu na prova. Porém acreditava que não conseguiria passar, apesar de estudar muito. Ela não teve apoio de seu pai, que só a maltratava e sua mãe não falava há anos, pois depois de ser espancada pelo marido, sofreu um trauma no cérebro e por falta de médicos, perdeu parte da visão e a capacidade de falar.

Lembrar de todas essas coisas fez Lívia levar as mãos a cabeça e gritar, pois todos aqueles pensamentos corroíam sua mente. Eu preciso chegar lá! Eu preciso! Eu vou mãe! Eu vou te salvar! Ela se escorou sobre os joelhos e chorou por alguns minutos.Tenho que ser forte. Ela levantou a cabeça, voltou-se para o mapa, pois faltava pouco.

Quando as árvores acabaram ela olhou e viu casas enormes em uma rua florida em que as crianças corriam e brincavam felizes. Os olhos dela se encheram de lágrimas, ela olhou para aquela declaração de reprovação. A nota dela havia sido 900,01 e sua posição mundial era 301º, ela rasgou a folha e amassou.

Lívia caiu no chão e pegou as terras nas mãos em prantos. Eu estou em Central Elite, mãe! Eu consegui! Ela pensou, suspirando. Então ela olhou para as crianças que estavam assustadas olhando para ela. Lívia sorriu para elas, cheirou as terras que pegou nas mãos. Então ouviu o engatinhar de uma arma, que já estava em sua nuca.

Parada aí! Apenas ouviu a voz e a felicidade se esgotou.

C O N T I N U A . . .

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E para o próximo episódio #EliteEp3

Se não leu o episódio anterior, chega mais: EPISÓDIO 01 - PORTA ESTREITA

 
 
 

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